
Chamou-se (ou queria-se chamar) de contrato à fachada mal-amada. Não falo por mim, nem pelas minhas palavras, pelos meus gestos, por nada. Verbalizo com os dedos e com as mãos, pelo menos tento, não sei bem como. Eu queria tanto dormir, mas ele nem por isso. Recostei-me, debrucei-me sem crer, ia quase caindo, quase que cai, mas será que não cai? Ecoou um som, um murmúrio, oh sim… era único, breve, e fácil de perceber! Ouvi um esbarrar, lá no fundo, lá em baixo, morreu qualquer coisa, mas não sei que coisa foi. Disse-lhe, calmamente, assim: “Ouves os teus a chamar? Sentes-me a pedir? Ouves quem se perdeu suplicar? Sentes o golpe a abrir?” Ele, somente me respondeu assim: “Eu ouço, mas não sinto nada…”.
Mais uma vez, como tantas vezes fui o desgraçado e foi o agouro. Tantas vezes fui lá deixado e lá fiquei, desmedido e ignorado. Traído… perdoado? Talvez nem tanto… Mas quando voltei a acordar estranhei, voltei-me para o outro lado, sorri, e adormeci...
*Está fechada a porta, oficialmente, por minha conta*