“...Passaram-se meses e já saldei a dívida do nosso encontro, se é que chegou a haver uma. Agora só me posso conformar com as ardósias que perdi na agitação da noite no meio das montanhas, estupidamente procurando vermelho por entre a neve. Começou numa falsa mentira, e terminou como isso. Não sei porque te estou a contar, estavas lá, assististe a tudo…
Um, é sempre só o que poderás vir a ter, de tudo o que possas estar à espera, apesar de os desejos trazerem sempre mais, e não há que mais dar. Não existem dois nem três, mas talvez meios e metades. Sempre fizeste das minhas palavras mudas, sem sentido nem nexo. Aposto que ao leres isto, o fazes ao lado de alguém, que não eu, e que nunca voltará a sê-lo. A estima deixou de ser um templo onde podias ir desde que ridicularizaste a lei que te levou até lá, tens isso presente? Faço de ridículas as minhas palavras, falo nisto porque só assim esqueces o orgulho e passas a ler o que te escrevo. Não sou escritor nem poeta, doutorado ou licenciado, mas da asneira podem-se tirar muitas coisas, e delas já apartei deveras.
Escolheste outro partido, melhor segundo o teu julgamento. Mudaste sem me levares contigo, deixaste-te levar e passaste-me para trás. Não quero que mudes o teu discernimento, até porque agora nenhum de nós se dará pela imitada metade. Eu porque o escolheste a ele, e ele porque o escolheste a ele. Digo isto sem amor nem remorsos, porque o que aconteceu no passado lá deve ficar, o que não me impede de continuar a devanear contigo na solidão do meu quarto. Peço desculpas pelas inoportunas desavenças, palavras e ditados, é o que me vai no ânimo.
Nunca será o suficiente, eu sei, nem nunca serei o suficiente. Novamente hesito experiências que gostarias que guardasse só para mim, por isso resguardo as que de qualquer maneira em nada causam mudanças, para poupar a tua e a minha integridade, ou seja lá o que resta dela. Jamais direi tudo o que quero, comecei a escrever pensando que conseguiria reflectir-te tudo, mas digo que o transtorno é inevitável...
Um, é sempre só o que poderás vir a ter, de tudo o que possas estar à espera, apesar de os desejos trazerem sempre mais, e não há que mais dar. Não existem dois nem três, mas talvez meios e metades. Sempre fizeste das minhas palavras mudas, sem sentido nem nexo. Aposto que ao leres isto, o fazes ao lado de alguém, que não eu, e que nunca voltará a sê-lo. A estima deixou de ser um templo onde podias ir desde que ridicularizaste a lei que te levou até lá, tens isso presente? Faço de ridículas as minhas palavras, falo nisto porque só assim esqueces o orgulho e passas a ler o que te escrevo. Não sou escritor nem poeta, doutorado ou licenciado, mas da asneira podem-se tirar muitas coisas, e delas já apartei deveras.
Escolheste outro partido, melhor segundo o teu julgamento. Mudaste sem me levares contigo, deixaste-te levar e passaste-me para trás. Não quero que mudes o teu discernimento, até porque agora nenhum de nós se dará pela imitada metade. Eu porque o escolheste a ele, e ele porque o escolheste a ele. Digo isto sem amor nem remorsos, porque o que aconteceu no passado lá deve ficar, o que não me impede de continuar a devanear contigo na solidão do meu quarto. Peço desculpas pelas inoportunas desavenças, palavras e ditados, é o que me vai no ânimo.
Nunca será o suficiente, eu sei, nem nunca serei o suficiente. Novamente hesito experiências que gostarias que guardasse só para mim, por isso resguardo as que de qualquer maneira em nada causam mudanças, para poupar a tua e a minha integridade, ou seja lá o que resta dela. Jamais direi tudo o que quero, comecei a escrever pensando que conseguiria reflectir-te tudo, mas digo que o transtorno é inevitável...
...sem qualquer esperança
André””